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A Antiguidade de Freud: objeto, ideia, desejo

sexta 08 mar
10:00
sexta 08 mar
12:00
Freud em Londres

Ao entrar no escritório de Freud em sua antiga residência em Londres (20 Maresfield Gardens), qualquer pessoa ficará imediatamente impressionada com a imensa variedade de estatuetas, livros e obras de arte à vista que originaram do mundo antigo ou que foram inspiradas por este. Freud era um colecionador compulsivo de antiguidades que, segundo a poetisa H.D., estavam intimamente ligadas ao desenvolvimento dos conceitos e métodos da psicanálise. Certa vez, Freud afirmou ter lido mais livros sobre arqueologia do que sobre psicologia, e a antropologia e os estudos clássicos lhe serviram como constantes fontes de inspiração. Porém, ao longo do processo de institucionalização da teoria freudiana, essa rica e vital fonte de inspiração foi negligenciada; há uma tendência de se apresentar uma versão de “Freud, o teórico” como distinta de “Freud, o colecionador”. De fato, ao passo que muitos dos conceitos de Freud – o complexo de Édipo, a repressão, a inveja do pênis – entraram na linguagem corrente de muitas línguas, apenas uma pequena parte do grande público tem ideia de que as teorias de Freud surgiram de um engajamento intenso com a arqueologia do século XIX, por meio da qual ele buscou materializar as suas ideias e torná-las reais – fazer com que elas importassem. O evento virtual analisará atentamente a “metáfora arqueológica” no pensamento de Freud e refletirá sobre a tensão entre “objeto” e “ideia” em seu engajamento com a Antiguidade. O evento, que é promovido pelo Centro de Teoria da Filologia (CTF), do Instituto de Estudos Avançados (IdEA), e pelo grupo de pesquisa Psicanálise, Política, Significante (PsiPoLiS), do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL), terá como moderadores Fabiana Lopes da Silveira, Isabella Tardin Cardoso e Lauro Baldini.

ATENÇÃO: As palestras serão em língua inglesa e pela plataforma de vídeo Google Meet.

Miriam Leonard é professora de Literatura Grega e a sua Recepção no University College London. A sua pesquisa explora a história intelectual dos clássicos greco-romanos no pensamento europeu moderno desde o século XVIII até o presente. Ela é autora das obras Athens in Paris: Ancient Greece and the Political in Post-War French Thought (Oxford University Press, 2005), How to Read Ancient Philosophy (Granta, 2008), Socrates and the Jews: Hellenism and Hebraism from Moses Mendelssohn to Sigmund Freud (University of Chicago Press, 2012) e Tragic Modernities (Harvard University Press, 2015). Ela foi a curadora da exposição “Freud and Egypt” e, com Daniel Orrells e Richard Armstrong, co-curadora da exposição “Freud’s Antiquity: Object, Idea, Desire” (2023) no Freud Museum (Londres).

Daniel Orrells é professor de Estudos Clássicos no King’s College London. A sua pesquisa explora a recepção da antiguidade na história intelectual e cultural moderna desde o início do período moderno até a atualidade. Ele é autor das obras Classical Culture and Modern Masculinity (Oxford University Press, 2011), Sex: Antiquity and Its Legacy (IB Tauris/Oxford University Press, 2015) e Antiquity in Print: Visualizing Greece in the Eighteenth Century (Bloomsbury, 2024). Com Miriam Leonard e Richard Armstrong, foi co-curador da exposição “Freud’s Antiquity: Object, Idea, Desire”, 2023) no Freud Museum (Londres).

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