Artista residente
Período de residência
07/2025 – 09/2025
Área
Jornalismo e literatura
Daniela Arbex é uma das jornalistas mais premiadas de sua geração, com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles o Troféu Imprensa de melhor repórter investigativa do Brasil (2020), o americano Knight International Journalism Award (2010), prêmio IPYS de Melhor Investigação Jornalística da América Latina (2009) e o Natali Prize, que recebeu na Bélgica, em 2002.
Arbex é autora de seis livros. “Holocausto brasileiro – Genocídio: 60 mil mortos no maior hospício do Brasil” (2013), sua obra de estreia, foi eleita o Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e o segundo melhor Livro-Reportagem pelo Prêmio Jabuti (2014). O livro aborda um dos maiores genocídios ocorridos no Brasil: as 60 mil mortes e milhares de vidas afetadas de maneira irreversível pelo descaso e abandono que durou mais de 50 anos no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, o Colônia. Publicado no Brasil e em Portugal, o livro foi transformado no documentário “Holocausto Brasileiro” (2016), disponível no catálogo da Netflix. A obra também inspirou a série de ficção “Colônia” (2021), da Globoplay, que está em sua segunda temporada, e o filme “Ninguém Sai Vivo Daqui”, que estreou nos cinemas nacionais em 2024.
A escritora publicou, ainda, “Cova 312”, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro-reportagem (2016), que narra a história real de como as Forças Armadas torturaram e mataram um jovem militante político, Milton Soares de Castro, forjaram seu suicídio e sumiram com o corpo.
Em 2018, lançou “Todo dia a mesma noite”. Daniela Arbex visita a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde incêndio na boate Kiss resultou na morte de 242 pessoas em janeiro de 2013, e dá voz aos sobreviventes e aos pais de vítimas, médicos, bombeiros e demais pessoas envolvidas na tragédia. O livro deu origem à minissérie dramática homônima exibida pela Netflix em 2023, que se tornou uma das 10 séries de língua não-inglesa mais assistidas em todo o mundo.
Em 2020, lançou a biografia “Os dois mundos de Isabel”, que nos apresenta Isabel Salomão de Campos, uma mulher de 96 anos, nascida no interior de Minas Gerais, que dedica a vida a ajudar milhares de pessoas.
Já em 2022, publicou “Arrastados”, que reconstitui a trajetória das vítimas do desastre de Brumadinho e os trabalhos de resgate em um relato brutal e extremamente delicado ao mesmo tempo. O livro apresenta ainda fotografias que ajudam a dimensionar e humanizar a tragédia. A obra venceu o prêmio Vladmir Herzog, na categoria Direitos Humanos (2023), e está em adaptação para série documental que será exibida pela Globoplay em 2026.
Em 2024, a escritora publicou “Longe do ninho”, seu best-seller mais recente, que trata da morte de dez atletas do Flamengo após incêndio no Ninho do Urubu, e denuncia a falta de capacidade dos clubes brasileiros de promoverem a saúde mental de jovens esportistas.
Notícias
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