A tônica dos debates foi a necessidade de o Terceiro Mundo se nortear por um processo autônomo de desenvolvimento tecnológico que, além das questões meramente técnicas, buscasse autonomia tecnológica nas decisões políticas e nos modelos socioeconômicos. Uma das mais destacadas participações foi a do diretor do Instituto de Geociências da Unicamp, Amilcar Herrera, que se mostrou otimista com a capacidade de o Brasil, assim como de outros países em desenvolvimento, resolverem seus problemas mais crônicos, como a miséria e a fome. O francês Jean-Jacques Salomon, do Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, em Paris, não pode comparecer pessoalmente, mas o trabalho que apresentaria foi resumido pelo coordenador do seminário, professor Hélio Waldman, pró-reitor de Pesquisa da Unicamp. Para o filósofo francês, a autonomia tecnológica não deve ser uma conquista isolada, mas vir acompanhada de uma série de benefícios sociais para a população. O debate, coordenado pelo físico José Rubens Dória Porto, também teve a participação do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Computadores (ABICOMP), Claudio Mammana.