O economista francês Benjamin Coriat, da Universidade de Paris VII, afirmou não acreditar que a sociedade pós-industrial prescinda do operário e comentou sobre o papel que esse trabalhador exerceria no século XXI, quando a máquina substituiria cada vez mais o homem em suas atividades. A pesquisadora Elizabeth Bortolaia Silva, da Unicamp, apresentou um trabalho comparando a automatização da montadora de veículos Ford em duas fábricas, na Inglaterra e no Brasil. O diretor do Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos e Socioeconômicos (Dieese), Walter Barelli, destacou a maior presença do problema da substituição do homem pela máquina nos debates e lembrou que a nova Constituição brasileira resguardava direitos dos trabalhadores sobre esse assunto. José Ricardo Tauile, da UFRJ, classificou o modelo japonês como “ideal”, o que dividiu pesquisadores e técnicos na discussão das novas tecnologias. Ampliando a discussão, o economista Paul Singer fez apontamentos sobre os impactos no setor terciário e afirmou que os ganhos de produtividade não estão causando quedas nos preços de produtos e serviços, como previa a literatura econômica tradicional. Também participou da mesa Luciano Galvão Coutinho, professor do Instituto de Economia da Unicamp.